São Camilo de Lellis

ão Camilo nasceu no ano de 1550, em Buchiánico de Chieti, na Itália.  Filho de Camila Compelli e João de Lellis. Seu pai era marquês (militar) e também ele seguiu essa carreira. Devido ao seu carater, foi expulso da tropa. Além de ter um tumor em um dos pés. Viciado em jogo, levava vida profana e decadente. Perdeu todos os seus bens. No momento mais melancólico de sua vida, em uma situação de mendicância, Camilo foi tocado pela Graça Divina, arrependendo-se de todos os seus pecados, passando a dedicar sua vida a servir, por espírito de caridade, aos doentes pobres em hospitais. E diante de tanta dedicação, fundou a Companhia dos Servidores dos Enfermos, conhecidos como Camilianos. E não é por menos que tornou-se patrono dos enfermos e dos hospitais.

Seu nascimento coroou o casamento de tantos anos da senhora Camila, a mãe, que até os 60 anos de idade não tinha conseguido dar um herdeiro ao esposo João. Sua mãe faleceu quando ele tinha 13 anos de idade.

E foi com 17 anos que Camilo alistou-se como voluntário no exército de Veneza. Naquela época, pôde conviver com o drama dos enfermos que agonizavam diante de várias doenças. Foi dessa época também que Camilo passou a viver com uma dolorosa úlcera no pé, que o acompanhou até o último dia de vida. Nesse período, também sofreu a perda do pai e sua vida enveredou-se para os prazeres mundanos, como o da jogatina.

A vida de Camilo mudou completamente. Sofreu diante da falta de condições financeiras e de saúde. Doente, não conseguiu local para internar-se, o que o fez partir para Roma, pedindo auxílio no Hospital Santiago, justamente para tratar da chaga no pé direito. Camilo não tinha dinheiro para pagar o tratamento e ofereceu-se para trabalhos de servente e de enfermeiro.

Mal cicatrizada a ferida, Camilo, sem nenhum recurso financeiro, soube que o país recrutava voluntários para combater os turcos. E lá foi ele. Não parou tão cedo. Em 1573, mais um combate. Neste ano, quase restabelecido economicamente, Camilo, mais uma vez, rendeu-se aos prazeres mundanos e atirou-se aos jogos. Perdeu tudo. Ficou a zero, reduzido à miséria. Retornou a Nápoles e prometeu se fazer religioso franciscano. Um ano depois, Camilo esqueceu-se do voto que fizera de se tornar religioso franciscano e mergulhou novamente no jogo. O jogo e a bebida tornaram-se vícios em sua vida. Ficou novamente na miséria. Partiu para Veneza. Passou frio e fome. Não tinha onde morar, nem dormir. Em uma das derrotas no jogo, deu como pagamento a própria camisa. Depois de muito perambular, conseguiu abrigo no convento dos capuchinhos, momento em que lembrou do voto de tornar-se religioso. CONVERTEU-SE REALMENTE.

Camilo retornou ao Hospital Santiago, desta vez como mestre da casa. Apesar de doente, tratou dos enfermos como de si. Em 1581, com a saúde precária, decide tratar dos doentes gratuitamente. Na época, Camilo foi levado a agir assim diante da exploração, desonestidade e falta de escrúpulos dos médicos para com os doentes. Em 1582, Camilo teve a primeira inspiração de instituir uma companhia de homens piedosos que aceitassem, generosamente, a missão de socorrer os pobres enfermos, sem preocupação de recompensa. O Papa Sisto V aprova os regulamentos da companhia em 18 de Março de 1856.

Estava sempre cuidando dos doentes, exceto nas folgas dos domingos quando permanecia com São Felipe Neri. Quando alguém o chamava, respondia que estava ocupado com Nosso Senhor.

Aos 32 anos voltou aos estudos sob orientação de São Felipe de Neri, sendo ordenado sacerdote aos 34 anos. A sua companhia rapidamente se distingue pela caridade no tratamento de doentes. em 21 de Setembro de 1591, o Papa Gregorio XIV a reconhece como ordem religiosa. Em 8 de Dezembro de 1591, Camilo e seus companheiros fazem a sua profissão de fé, incluindo um quarto voto de dedicação aos doentes, ainda que com risco de sua própria vida.

Na guerra que logo em seguida houve na Hungria, os "Camilianos" trabalharam como primeira unidade médica de campo, cuidando dos feridos.

Não bastou a Camilo tomar consigo apenas bons enfermeiros e alguns até médicos, os doentes careciam também de assistência religiosa. É evidente que a alma bem cuidada dispõe melhor o corpo para suportar os sofrimentos e sobrepor-se à doença. Vale destacar que antes de ser santo, Camilo não tinha qualquer ligação de fé no Senhor.

Segundo relato de um companheiro, Camilo “contemplava nos doentes, com tão sentida emoção, a pessoa de Cristo que, muitas vezes, quando lhes dava de comer, pensando serem outros cristos, chegava a pedir-lhes a graça e o perdão dos pecados. Mantinha-se diante deles com tanto respeito, como se estivesse realmente na presença do Senhor. De nada falava com mais frequencia e com mais fervor do que da santa caridade. O seu desejo era imprimi-la no coração de todos os homens".

Muito doente, Camilo renunciou ao cargo de Superior Geral de sua Ordem Religiosa em 1607.

Faleceu em Roma aos 14 de julho de 1614. Sua festa é celebrada aos 14 de julho, data de sua morte. Mas um milagre era visto naquele dia: enquanto preparavam o corpo de Camilo para o funeral, os médicos, estarrecidos, notaram que a chaga havia desaparecido.

Em 1746, durante uma festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa Bento XIV, no dia 29 de junho, declara Santo o nome de Camilo de Lellis.

Em 1886, Leão XIII declarou São Camilo, juntamente com São João de Deus, Celestes protetores de todos os enfermos e hospitais do mundo católico.

 

HINO A SÃO CAMILO DE LELLIS

1. Lá no céu a ti se entoa, oh Camilo, hino imortal. E brilhante uma

coroa, orna a fronte patriarcal. Regozija-te glorioso, grande herói no teu Senhor. 

Refrão:  Salve, apóstolo zeloso, salve, serafim de amor.

2. Quantos filhos destemidos, pelejando ao teu pendão. Em teu nome sempre unidos, alcançaram galardão.

Bando forte e numeroso, imolou-se pela dor. Salve, apóstolo zeloso, salve, serafim de amor.

3. Cá na terra outra fileira, eco faz de bons irmãos. Desfraldando uma bandeira, gloria eterna dos cristãos.

Traz no peito caridoso, cruz vermelha e santo ardor. Salve, apóstolo zeloso, salve, serafim de amor.

4. Dos doentes, dos que morrem, ouve o grito de aflição. Nos perigos que eles correm, de ti esperam salvação.

Anjo doce carinhoso, deles sê consolador.

 CIFRA DESTE HINO 

 

OUTRO HINO A SÃO CAMILO

 

MENSAGEM DE SÃO CAMILO DE LELLIS NO DIA 18/ 07/2010 NAS APARIÇÕES DE JACAREÍ

 

Aparição e Mensagem de São Camilo de Lellis no dia 14 de julho de 2014 ao vidente Marcos Tadeu Teixeira, na Capela do Santuário das Aparições de Jacareí - São Paulo - Brasil.

 

“Amados irmãos Meus, Eu, Camilo, servo do Senhor e da Mãe Santíssima, alegro-Me em vir a vós no Meu dia, para vos abençoar e dizer-vos: Amai a Senhora Rosa Mística com todo o vosso coração, fazendo da vossa vida uma oferta total de Amor para Ela.

O que Ela veio buscar, quer em Montichiari, quer Aqui, são almas de Amor oferente, de Amor total, de generosidade, entrega; entrega tão grande, entrega tão completa a ponto de chegar até o sacrifício por Amor de Deus e por Amor da Salvação dos pobres pecadores.

Sede destas almas, sede estas almas vivendo no perfeito Amor a Deus e a Ela. Que maior Graça poderá haver se não viver para Ela, com Ela e por meio Dela a Deus.

Então, oferecei-vos pela Salvação da humanidade fazendo a renúncia da vossa própria vontade, para que a Senhora Rosa Mística possa realizar em vós tudo o quanto Ela quiser para o vosso bem e o bem do mundo.

Invocai-Me mais vezes, porque vós Me tendes esquecido muito e Eu tenho Graças muito especiais para vos dar e para derramar sobre vós, sobretudo, para a cura espiritual, para a cura dos vossos corações.

A todos neste momento abençôo e digo: Rezai o Rosário todos os dias, que é meio seguro de Salvação.

A todos abençôo com Amor generosamente."